Dia 01 de junho

 

 

Os Atributos de Deus - Parte XXV

"Eu sou o Deus Todo-Poderoso...".

Gênesis 17.1.

 

O AMOR DE DEUS

 

Falar do amor de Deus é falar do vínculo da perfeição. Mas o que de Deus se pode conhecer, Ele mesmo manifestou: "Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou" Romanos 1.19. Aos pecadores Ele se dá a conhecer pelas coisas criadas: "Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis" Romanos 1.20. Agora para os seus filhos, Ele se dá a conhecer pelo seu Filho Jesus: "Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar" Mateus 11.27.

O Amor não é um sentimento de Deus para com os homens, mas o seu próprio caráter. Quando pensamos como homem, achamos que o amor de Deus é como o nosso sentimento. Um amor de pai para filho, de marido para a sua mulher, ou de um amigo para outro. Amor não é um sentimento que Deus nutre pelas suas criaturas, mas o seu próprio ser. Deus é amor (I João 4.8), por isso,  vemos manifestar-se nEle todos os seus atributos.

Deus é Benigno; é Paciente e sofredor; é Santo e não busca o seu próprio interesse; é Justo e não folga com a injustiça, mas é Fiel e se alegra com a verdade. É Longânimo e não se irrita; tudo Ele crê, tudo Ele espera e tudo Ele suporta (I Coríntios 13.7).

No amor vemos todos os atributos de Deus sendo manifestos. Em cada um daqueles atributos que meditamos nesses dias está o Deus de amor: "Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco" II Coríntios 13.11. "Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim" João 13.1.

 Você pode perguntar então: - Como pode um Deus que ama, se irar e lançar alguém no inferno? É porque Ele é amor, e o amor não se alegra com a injustiça, mas com a verdade. Deus é amor, e por Ele ser amor não pode justificar o ímpio: "O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, tanto um como o outro são abomináveis ao SENHOR" Provérbios 17.15.

O que faz Deus abominar a injustiça é o seu amor. Se pensarmos que o amor de Deus é um sentimento, nunca iremos entender como Ele pode ser Amor e se Irar. É porque a Sua Ira também é a manifestação de um Deus que ama. A Sua Ira é a manifestação de um Deus de amor. Justificar o ímpio não é amor, mas lançá-lo no Lago de fogo por desprezar a Sua Justiça é a manifestação do seu amor.

Já ouvi muitas vezes dizerem que Deus odeia o pecado, mas ama o pecador. Isto não é verdade. Ele odeia o pecado e age com justiça com o pecador. O seu amor irá punir o pecador incrédulo. Se o pecador crer no amor que Deus nos tem, e que manifestou em Seu Filho, ele é salvo. Se não crer já está condenado: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus" João 3.16-18. O Deus de amor salva e também pune toda injustiça.

Deus amou a Jacó, mas aborreceu a Esaú (Romanos 9.13). Não foi um sentimento injusto, onde Deus ama um e odeia o outro. Deus usou a Sua Misericórdia em Jacó e o sua Justiça em Esaú. Um creu e o outro foi profano: "E ninguém seja devasso, ou profano, como Esaú, que por uma refeição vendeu o seu direito de primogenitura. Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscou" Hebreus 12.16-17.

Deus não sente amor, mas é amor. Podemos sentir amor, falar do amor, mas não amar. O amor verdadeiro não é um sentimento que se manifesta por língua, ou em palavras, mas por obra e em verdade: "Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade" I João 3.18.

Deus não sentiu amor por alguns pecadores, mas pelo mundo, e Ele deu prova do seu amor para conosco, que quando ainda éramos pecadores, Cristo morreu por nós. O Deus de amor não justificou o pecador, mas deu o seu único Filho para ser sacrificado por nós e hoje somos salvos pela sua vida: "Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida." Romanos 5.8-10.

Ninguém tem maior amor do que este, de dar a sua vida pelos seus amigos (João 15.13). O amor de Deus não é um sentimento que cega o entendimento, mas se manifesta em forma de justiça salvadora: "Nisto se manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos" I João 4.9. O amor de Deus não aceita viver com o homem pecador, mas salva-o dos seus pecados: "Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados" I João 4.10.

Se não compreendermos que Deus é amor, nunca vamos entender porque um Deus de amor irá lançar o pecador no Lago de fogo. O Deus de amor deu o Seu Filho para salvar os pecadores, e pelo mesmo amor irá lançar no Lago de fogo todo aquele que não crer. O pecador que for lançado no Lago de fogo estará lá por causa do amor de Deus. Deus nos salvou pelo seu amor, e irá permanecer no seu amor cumprindo toda a Sua Palavra: "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor" João 15.10. Amém. 

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