Dia 03 de dezembro

 

 

"Se morrestes com Cristo... Se, pois, fostes

ressuscitados juntamente com Cristo".

Colossenses 2.20 e 3.1.

 

A primeira revelação para obtermos vitória sobre a nossa carne, é a da nossa morte com Cristo: "Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne" Colossenses 2.20-23.

Não há como obter vitória sobre o pecado, o mundo e o diabo sem a fé que o nosso homem velho foi com Jesus crucificado (Romanos 6.6); que estamos mortos para o mundo (Gálatas 6.14), livres da lei e dos preceitos dos homens (Romanos 7.4), e do poder do diabo (Hebreus 2.14-15). A revelação de nossa morte com Cristo é o princípio de uma vida vitoriosa, mas não é o fim. A nossa morte nos trouxe libertação, mas a vida da ressurreição é que nos leva a uma vida gloriosa.

Vitória e glória são propósitos de Deus para a vida de um cristão. Ressuscitamos juntamente com Cristo para vivermos em novidade de vida (Romanos 6.4). Agora não sou eu mais quem vive, é Cristo quem vive em mim (Gálatas 2.20). Buscar e pensar nas coisas que são lá do alto são imprescindível para uma vida gloriosa. Morremos com Cristo, ressuscitamos juntamente com Ele, e estamos assentados nos lugares celestiais (Efésios 2.5-6).

A nossa morte com Cristo tratou com nosso corpo do pecado, com nossa carne. A vida da ressurreição trata com a nossa alma. Buscar e pensar as coisas lá do alto, onde estamos assentados juntamente com Cristo, nos livra das angústias, das ansiedades, e das preocupações dessa vida: "Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós" I Pedro 5.7.

A nossa morte e ressurreição juntamente com Cristo traz vitória sobre a carne, e para nossa alma, mas também não é o fim. Há uma vida gloriosa em Cristo. Uma vida a qual é manifestada em nós. Quando Cristo que é a nossa vida se manifestar, então manifestamos com Ele em glória (Colossenses 3.4). Esta é uma vida de glória em glória no Espírito: "Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor" II Coríntios 3.17-18.

Esta vida gloriosa é Cristo e não nós. Quando estamos mortos para o pecado, para o mundo e para os preceitos e doutrinas dos homens, e buscamos e pensamos nas coisas que são lá do alto, nossa vida fica escondida com Cristo em Deus (Colossenses 3.3). Não é o homem quem aparece, ele fica escondido. Cristo é que manifesta sua vida gloriosa em nós. Quando Ele se manifesta, nós participamos da Sua glória. A Sua glória é manifestada em nós, e nós manifestamos com Ele em glória.

A partir daí ninguém nos vê, ficamos totalmente escondidos. Em nós, a cruz e a morte continuam operando, mas nos outros opera a vida gloriosa do Senhor Jesus: "Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos... De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida" II Coríntios 4.7-10 e 12.

Temos este tesouro neste vaso de barro. São riquezas insondáveis em Cristo que o Pai nos deu a conhecer, e que produz em nós um eterno peso de glória. Não são coisas temporais, mas eternas: "Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas" II Coríntios 4.17-18. Amém.

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