7.o Dia

No sétimo dia, Deus disse: "Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito,

descansou nesse dia de toda a obra que fizera. Abençoou Deus o sétimo dia, e o santificou; 

porque nele descansou de toda a sua obra que criara e fizera" Gênesis 2.2-3.

Quando olhamos para estes textos das Escrituras, eles nos ensinam que Deus descansou no sétimo dia de toda a obra que fizera. Ela estaria em contradição com a mesma Palavra se não compreendermos que este dia além do descanso em Cristo, representa o sétimo milênio que virá logo. Como nos outros dias, cada dia representam mil anos. Mas este texto estaria em contradição, porque em Isaías 40.28, Ele diz: "Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da terra, não se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento". Este texto das Escrituras nos fala de um Criador da terra que não se cansa. Se Deus não se cansa, para que então descansar? Sobre isto Jesus nos ensina que: "O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado" Marcos 2.27.

Quando Deus descansou no sétimo dia, este descanso não era para Ele, mas para o homem. Deus queria que a primeira coisa que o homem aprendesse, fosse a descansar. Tanto é assim, que se Deus tivesse descansado, Jesus não falaria que: "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também". João 5.17. Em Hebreus 4.4-5, o Espírito Santo nos ensina que: "em certo lugar disse ele assim do sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as suas obras; e outra vez, neste lugar: Não entrarão no meu descanso". Deus nunca falaria que não entrariam no seu descanso, caso não tivesse outro dia.

O dia sétimo, tanto em Gênesis como na lei representa a nossa experiência com Cristo. Ele é o descanso de Deus, Ele é o sábado que toda alma encontra descanso. Hebreus 4.3 nos diz que nós que cremos entramos neste descanso, mostrando que este descanso é Cristo. É fato que quem entrou no descanso de Deus que é Cristo, descansou das suas obras, assim como o Senhor das suas (Hebreus 4.10). Mas Deus ainda fala de um outro descanso quando diz que não entrariam no seu descanso. Este outro descanso, é o repouso sabático para o povo de Deus (Hebreus 4.8).

O sétimo dia nos indica o sétimo milênio da criação de Deus, onde Deus irá descansar de toda a sua obra que fizera, e ao ver seu Filho reinando ficará totalmente satisfeito. O número 6 é o número do homem (Apocalipse 13.18), e o sete o de Cristo. O número sete é o número da perfeição, da obra completada e perfeita nEle. Neste sétimo e último milênio o Cristo coletivo, o varão perfeito estará na medida completa de Cristo. Neste tempo a sua noiva que se preparava já estará desposada, na plena intimidade com o seu esposo. Uma adjutora idônea, santificada e purificada pela lavagem da água pela Palavra, apresentada a Si mesmo uma Igreja gloriosa, sem ruga, nem mancha, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível (Ef. 5.26-27).

Neste milênio, no sétimo dia, o reino será entregue a Jesus Cristo e Ele reinará por mil anos: "Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante os mil anos" Apocalipse 20.6. Ele reinará e completará toda a obra, mesmo o descanso. Neste tempo de descanso haverá abundante paz na terra (Sal. 37.11). A natureza irá descansar. Haverá abundância de alimento porque a chuva será temporã. Não haverá pobre sobre a terra, nem necessitado, nem doente que não seja socorrido pelo Senhor. Não haverá opressor, nem injustiça que não seja tratada. Os filhos não mais serão gerados para calamidade. O céu, a terra e o mar terão abundância de seres viventes. Não haverá mais animais ferozes, nem animais peçonhentos. As fontes, os rios, os mananciais serão restaurados e suas águas serão puras.

Este dia será um dia abençoado e santificado por Deus. Satanás será preso por mil anos, e a terra descansará da maldade dos homens ímpios. A criação aguarda com grande expectativa este dia, porque também ela será liberta do cativeiro da corrupção. Estes mil anos, será chamado: "a libertação da glória dos filhos de Deus" (Romanos 8.20-23). A criação espera este dia, porque ela ficou sujeito à vaidade do homem no pecado. Deus disse ao homem: "Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra" Gênesis 1.28. O homem durante estes seis mil anos, tem sujeitado toda a criação de Deus à vaidade, e isto por causa do pecado. Não é por sua própria vontade que a criação ficou sujeita, mas porque Deus a sujeitou.

Na lei de Moisés, Deus tinha dito: "Quando tiverdes entrado na terra que eu vos dou, a terra guardará um sábado ao Senhor. Seis anos semearás a tua terra, e seis anos podarás a tua vinha, e colherás os seus frutos; mas no sétimo ano haverá sábado de descanso solene para a terra, um sábado ao Senhor; não semearás o teu campo, nem podarás a tua vinha" Levítico 25.2-4. O sétimo ano é o ano de descanso da terra. A justiça de Deus é justiça eterna, e a sua lei é a verdade desde o princípio (Salmos 119.142). Deus não muda, e o descanso que a terra ainda não teve, Deus mesmo a dará, independente do homem. A terra também é uma criação de Deus, e Deus disse que não a amaldiçoaria mais por causa do homem (Gênesis 8.21).

Além disso, a lei é espiritual. A lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom (Romanos 7.12). Jesus também disse em Mateus 5.17: "Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir". Se Jesus veio cumprir, quanto mais Deus que é o legislador e juiz. Deus descansará neste dia, e levará toda a sua criação a descansar também. Não que Deus se canse, mas Deus fez estes mil anos por causa do homem, e não o homem por causa destes dias. Jesus será nestes mil anos, Senhor do sábado (Marcos 2.28). E Deus irá descansar porque terá o seu Filho no governo desta terra. O Filho é chamado o lugar do descanso de Deus o Pai.

Nestes mil anos, Jesus "deleitar-se-á no temor do Senhor; e não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem decidirá segundo o ouvir dos seus ouvidos; mas julgará com justiça os pobres, e decidirá com equidade em defesa dos mansos da terra; e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará o ímpio. A justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade o cinto dos seus rins". Na terra: "morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará; e o bezerro, e o leão novo e o animal cevado viverão juntos; e um menino pequeno os conduzirá. A vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão; e o leão comerá palha como o boi. A criança de peito brincará sobre a toca da áspide, e a desmamada meterá a sua mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte; porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar" Isaías 11.3-9. Estes mil anos ainda não são os novos céus e a nova terra que virá somente depois desses mil anos se completarem.

Diante de tão grande Sabedoria Divina, devemos nos ater por um pouco, e louvar juntos o Senhor pela Sua Grandeza dizendo: "Bendize, ó minha alma, ao Senhor! Senhor, Deus meu, tu és magnificentíssimo! Estás vestido de honra e de majestade. Oh! Senhor Jeová, tu já começaste a mostrar ao teu servo a tua grandeza e a tua forte mão; pois, que Deus há no céu ou na terra, que possa fazer segundo as tuas obras, e segundo os teus grandes feitos? Meditarei também em todas as tuas obras, e ponderarei os teus feitos poderosos. Quão grandes são, ó Senhor, as tuas obras! quão profundos são os teus pensamentos! Todas elas as fizeste com sabedoria; a terra está cheia das tuas riquezas. Grande é o Senhor, e mui digno de ser louvado; e a sua grandeza é insondável. Uma geração louvará as tuas obras à outra geração, e anunciará os teus atos poderosos. Na magnificência gloriosa da tua majestade e nas tuas obras maravilhosas meditarei; falar-se-á do poder dos teus feitos tremendos, e eu contarei a tua grandeza. Todas as tuas obras te louvarão, ó Senhor, e os teus santos te bendirão. Seja-lhe agradável a minha meditação; eu me regozijarei no Senhor. Amém! Senhor, Amém!

O Senhor tem tornado claro o Seu Plano Divino à Sua Igreja. Estamos na última hora, e devemos estar preparados, o Espírito expressamente diz: "E quanto a vós, a unção (o Espírito) que dele recebestes fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção (o Espírito) vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como vos ensinou ela, assim nele permanecei. E agora, filhinhos, permanecei nele; para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança, e não fiquemos confundidos diante dele na sua vinda. Se sabeis que ele é justo, sabeis que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele. Vede que grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus; e nós o somos. Por isso o mundo não nos conhece; porque não conheceu a ele. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é, o veremos. E todo o que nele tem esta esperança, purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro" I João 2.27-29, 3.1-3. É sobre este sétimo dia, e sobre aqueles que reinarão com Cristo durante estes mil anos, que queremos falar em seguida.

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