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- O Correio da Graça
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HERESIAS NA
HISTÓRIA DA IGREJA
HERESIAS 1 – JUDAÍSMO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
Doutrina de demônios não é levar alguém a
adorar Satanás, mas todo ataque contra a Pessoa do Pai, de Jesus Cristo,
do Espírito Santo e a Sua Igreja. Em todo o tempo a Igreja com a ajuda
do Espírito Santo teve que intervir contra as heresias. Faremos uma
série de meditações sobre elas, de maneira sucinta, e que você poderá
pesquisar mais caso queira se aprofundar. A primeira delas é o judaísmo.
O primeiro embate que a Igreja primitiva
teve foi com o judaísmo. Tanto as 120 almas que estavam no Pentecostes,
quanto as 3.000 e as 5.000 almas que creram depois, no princípio da
Igreja eram judeus. Todos traziam a tradição do judaísmo e tiveram
alguns problemas para crerem que a graça e a verdade que vieram por
Jesus eram suficientes para eles, e que a lei que veio por meio de
Moisés foi totalmente satisfeita na cruz.
Após isto, a salvação também começou a
acontecer entre os gentios, pessoas que não eram da nação de Israel, e a
controvérsia começou a se acirrar. Por causa do testemunho do apóstolo
Pedro eles viram que a salvação chegou aos gentios também, mas que eles
teriam que se sujeitar a alguns mandamentos e ritos dos judeus,
impondo-lhes o judaísmo.
A maioria cria totalmente na graça de
Deus em Cristo, mas eles achavam que alguns ritos como circuncisão,
festas, luas novas, sábados, comida ou bebida deveriam ser preservados e
observados também pelos gentios para que eles fossem salvos. Atos
capítulo 15, no verso 2 nos mostra que houve uma grande contenda sobre
isso, o que resultou no primeiro concílio no ano 49 D.C., o “Concílio em
Jerusalém”.
Neste primeiro Concílio, onde estavam
reunidos os apóstolos, os presbíteros, Paulo, Barnabé e Silas, e muito
ajudados pelo Espírito Santo ficou resolvido o seguinte: “Na
verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais
encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das
coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da
fornicação, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá”
Atos 15.28-29.
De tempo em
tempo o judaísmo com seus ritos e leis tem retornado para atacar a
Igreja de
Jesus Cristo.
Para a Igreja de Jesus, o fim da lei é Cristo para a justiça de todo
aquele que crê (Rom. 10.4). Ninguém é justificado pelas obras da lei,
mas pela fé em Jesus Cristo. O que o que foi resolvido neste primeiro
concílio, com a ajuda do Espírito Santo permanece em pé até hoje, e são
os mandamentos que desde então continuam regendo a Igreja.
HERESIAS 2 –
ASCETISMO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
Além do
judaísmo, uma prática muito comum no princípio da Igreja primitiva,
originária dos guerreiros e atletas gregos e romanos, desde a Grécia
antiga é a disciplina àskesis. Esta disciplina tinha como
finalidade conseguir uma melhor forma corporal, e através dela maior
espiritualidade. Eles são mais conhecidos como os ascetas, praticantes
do ascetismo.
Os ascetas
praticavam um estilo de vida austero, se abstendo dos prazeres da carne
como comida, bebida, sexo inclusive matrimonial, e uma severidade para
com o corpo buscando com isso adquirir um grande grau de
espiritualidade.
Muito da
cultura do corpo que vemos hoje, bem como práticas do vegetarianismo e
veganismo na alimentação provém da cultura asceta. Um corpo físico
forte, malhado, bem delineado e uma alimentação ultra saldável, e a
abstinência de prazeres carnais gera uma espiritualidade suprema dizem
os ascetas. Esta é uma cultura muito cultivada também entre os hindus,
os budistas e outros.
O apóstolo
Paulo quando escreve a carta aos Colossenses procura combater esses
ensinos falsos. A espiritualidade alcançamos em morrer e ressuscitar com
Cristo e não na abstinência de necessidades humanas. Aos Colossenses ele
ensina: “Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do
mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no
mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas
todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; as
quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção
voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor
algum senão para a satisfação da carne” Colossenses 2.20-23.
HERESIAS 3 –
GNOSTICISMO I
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
Havia uma heresia sobre a negação da
natureza divina e humana de Jesus Cristo desde o I
século, ainda no tempo dos apóstolos, que
era o gnosticismo. A palavra gnóstico vem do grego gnósis que
quer dizer conhecimento. O gnosticismo combinava alguns elementos da
astrologia e mistérios das religiões gregas, como os mistérios de
Elêusis (ritos de deusas agrícolas), com as doutrinas do cristianismo.
Em seu sentido mais abrangente, o gnosticismo significa "a crença na
salvação pelo conhecimento". Eles creem num Deus supremo, mas que ele é
inatingível, e o conhecimento deste Deus só pode ser alcançado pela
gnósis, pelo alto grau de conhecimento.
Os gnósticos acreditam, e esta crença
ainda subsiste até hoje, que “A matéria é má!” – Esse é o lema dos
gnósticos. Essa foi uma ideia que eles “tomaram emprestado” de alguns
filósofos gregos, e não apenas porque contradiz Gênesis 1.31, bem como
outras partes da Sagrada Escritura, mas porque nega a própria encarnação
de Jesus. Se a matéria é má, então Jesus não poderia ser verdadeiro Deus
e verdadeiro homem, pois em Cristo não existe nada que seja mau. Assim
muitos gnósticos negavam a encarnação alegando que Cristo apenas
“parecia” como homem, mas essa sua humanidade era apenas ilusória.
Cerinto, um dos seus pensadores dizia que
Cristo, o Filho de Deus desceu do poder que está acima de todas as
coisas, e entrou no homem Jesus em forma de uma pomba no batismo; Jesus,
unido como esteve ao Cristo que tinha descido sobre si, trouxe aos
homens a mensagem do Deus até então desconhecido, e viveu em perfeita
virtude. Finalmente, o Cristo se separou do homem Jesus antes do
calvário, e voltou para a sua glória, e só o homem Jesus foi
crucificado, e ressuscitou depois, porque Deus não podia morrer.
HERESIAS 4 – GNOSTICISMO II
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
Desde o primeiro século os gnósticos
estiveram circulando entre as doutrinas gregas e cristãs, e muitos de
seus adeptos frequentavam as reuniões cristãs e procuravam influenciar
os cristãos com suas doutrinas heréticas. Como vimos na meditação
anterior, uma de suas doutrinas era de que Jesus não veio em carne, mas
se uniu no dia do batismo, a um homem chamado Jesus para trazer o
conhecimento de Deus, mas que retornou aos céus antes desse homem Jesus
ser crucificado, porque o Cristo não podia morrer.
Eles também
propunham a crença em muitos seres divinos (anjos), conhecidos como
“aeons” que servem de mediadores entre o homem e um inatingível Deus. O
mais baixo de todos esses “aeons” que estava em contato direto com os
homens teria sido Jesus Cristo. Praticamente o livro de Colossenses e a
carta de I João foram escritos por causa deles.
João chama este espírito de espírito do
anticristo: 1Jo 2:21-22: "Não vos escrevi porque não soubésseis a
verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira procede da
verdade. Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?
É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho". Em sua primeira
carta João usa 21 vezes a palavra “conhecimento” para mostrar que este
conhecimento de Deus se dá por Jesus Cristo.
Jesus é o Verbo que se fez carne, o Verbo
que estava com Deus, o Verbo que era Deus (João 1.1-14); homem e Deus,
Deus com Deus, Deus com os homens. Que morreu crucificado, desceu ao
inferno (Atos 2.30-31), foi ressuscitado ao terceiro dia, e hoje está
assentado no trono da majestade nas alturas, com um Nome acima de todo
nome (Hb. 8.1).
Hb 1:3-6: "sendo ele o resplendor da sua
glória e a expressa imagem do seu Ser, e sustentando todas as coisas
pela palavra do seu poder, havendo ele mesmo feito a purificação dos
pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas, feito tanto
mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que
eles. Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te
gerei? E outra vez: Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho? E outra vez,
ao introduzir no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o
adorem."
HERESIAS 5 – DOCETISTAS
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
Logo após a morte de todos os apóstolos,
no final do I e início do II século D.C. apareceram os docetistas, um
ramo do gnosticismo que acreditava que o corpo de Jesus Cristo era uma
ilusão, e que sua crucificação teria sido apenas aparente. Não existiam
"docetas" enquanto seita ou religião específica, mas como uma corrente
de pensamento que atravessou diversos estratos da Igreja. O docetismo
acreditava que Jesus Cristo era um tipo de espectro, logo, apesar de ele
ter uma aparência humana, não possuía carne e nem sangue.
Mais uma heresia com o propósito de
atacar a humanidade e divindade de Jesus Cristo. Eles diziam que se
Jesus sofreu não era Deus; se fosse Deus não teria sofrido. Eles
afirmavam a divindade de Cristo, mas não a sua humanidade.
Negar a humanidade de Cristo é um erro
tão grave quanto negar a sua divindade. Não seria possível a mediação
entre Deus e os homens se Jesus não fosse 100% Deus e 100% homem. Deus
estava em Cristo reconciliando o mundo dos homens consigo mesmo (II Cor.
5.19). Negar a humanidade de Cristo é negar a base dessa reconciliação,
porque foi o homem quem pecou, e só um homem poderia fazer essa
reconciliação. Por isso o docetismo foi considerado pela Igreja uma
heresia.
Fp 2:6-11: "Que, sendo em forma de Deus,
não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas fez a si mesmo de nenhuma
reputação, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até
à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente,
e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se
dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da
terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória
de Deus Pai."
HERESIAS 6 – MODALISMO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
No final do II século, início do III
século surgiu o monarquianismo ou mais conhecido como modalismo.
Monarquianismo Modalista teve a sua origem em Esmirna, na Ásia e foi
para Roma por volta do ano 220 dC., por Noeto. Esta escola ensinava que
Cristo era divino, contudo, considerava a "Trindade" como sendo três
modalidades ou expressões de um ser divino único e não três pessoas
distintas. Isto é, tanto o Pai quanto o Filho e o Espírito Santo é o
mesmo Deus em momentos e formas diferentes. É um só Deus, uma só Pessoa
que se manifestou em três formas distintas, e não três Pessoas
distintas. Esta heresia até hoje tem ganhado adeptos no meio cristão e
são chamados de Unicistas.
A teologia modalista ou unicista ensina
que Jesus Cristo é o Pai encarnado, e que o Espírito Santo é Jesus
Cristo também, que se transformou no Espírito para viver com os homens
após a sua ascensão. O modalista se baseia no texto de Deuteronômio 6,
verso 4 que diz: “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor”.
Toda a doutrina circula em torno desse texto, e que o Pai, o Filho e o
Espírito são chamados de Senhor, e, portanto, ambos são apenas uma
pessoa. Estes ensinamentos são o pilar da teologia modalista.
As Escrituras não se conformam com esta
heresia. Em Salmos 110.1 diz: “Disse o
Senhor (Pai) ao meu (Davi) Senhor (Filho): Assenta-te à minha direita,
até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés.” Em João
14:16-18 Jesus diz: "E EU (Jesus) rogarei ao PAI (Deus Pai), e ele vos
dará OUTRO (não Jesus que fala) Consolador, para que fique convosco para
sempre; o Espírito de verdade (Espírito Santo), que o mundo não pode
receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque
habita convosco, e estará em vós. Não vos deixarei órfãos; voltarei para
vós".
Jesus com esta fala derruba o argumento
modalista ou unicista, e mostra claramente que há um só Deus, que são
conhecidos em três Pessoas distintas: o Pai, o Filho, e o Espírito
Santo; e que os três são um: “Pois há três
que dão testemunho no céu: o Pai, a Palavra (Verbo, Jesus) e o Espírito
Santo; e estes três são um” I João 5.7.
HERESIAS 7 – CATOLICISMO ROMANO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
No IV século, mais precisamente no
ano 313, surgiu o catolicismo romano por Constantino e Licínio,
imperadores da época, que assinaram o Édito de Milão no qual se concedia
a todos os cristãos, até então marginalizados e perseguidos, a liberdade
de culto e restituíam os bens à Igreja. Este Édito determinava que o
Império Romano se tornaria neutro em relação ao credo
religioso. Através desses imperadores a Igreja Católica
Apostólica Romana foi fundada em um momento em que o Império Romano
estava se desfazendo, e a nova religião poderia uni-lo novamente.
Além da liberdade religiosa, a aplicação
do Édito fez devolver os lugares de culto e as propriedades que tinham
sido confiscadas aos cristãos e vendidas sem pagamento de qualquer
indenização e sem qualquer fraude. Também deu ao cristianismo, e a todas
as outras religiões, o estatuto de legitimidade, comparável com o
paganismo e com efeito destituiu o
paganismo como religião oficial do
Império Romano e dos seus exércitos.
Antes da emissão do Édito de Milão,
Galério, em 30 de abril de 311, promulgou o
Édito de Tolerância, também chamado de Decreto da
Indulgência, no qual, buscando harmonia política, reconhece o
cristianismo e dá fim à perseguição anticristã. No mesmo
século, no ano de 384 em função do Édito de Tessalônica, de Teodósio
Magno, o cristianismo se torna a religião oficial do Império Romano.
Nasce aqui a Igreja oficializada e controlada pelo estado, a chamada
Igreja Católica Apostólica Romana.
Apesar de todas essas “liberdades” dadas
aos cristãos, eles só poderiam à partir daí se reunirem através dessa
Igreja oficial, considerando hereges todos aqueles que se contrapunham a
ela, como também estariam debaixo de um poder central: o de Roma.
Gl 5:1; I Co. 7.23: "Para a liberdade
Cristo nos libertou; permanecei, pois, firmes e não vos dobreis
novamente a um jogo de escravidão... Fostes comprados por bom preço; não
vos façais servos dos homens."
HERESIAS 8 –
ORIGENISMO
O origenismo
surgiu no início do III século por Orígenes, um prolífico
escritor
cristão, de grande erudição, ligado à
Escola Catequética de Alexandria, no período pré-niceno.
Orígenes se inspirava no platonismo e em uma de suas teses, ele usava a
palavra grega psique (alma) de psycos (frio) e admitia que as almas
humanas unidas a matéria, tais como elas atualmente se acham são produto
de um resfriamento do fervor de espíritos que Deus criou, sendo todos
iguais e destinados a viver fora de um corpo material; a encarnação das
almas, portanto, e a criação do mundo material seriam por causa de um
abuso da liberdade ou um pecado dos espíritos primordiais, que Deus
teria punido, ligando tais espíritos a matéria.
Orígenes quando admitiu como possível a
pré-existência das almas humanas, não necessariamente se referia a
reencarnação; apenas queria dizer que antes de se unir ao corpo, a alma
humana viveu algum tempo fora da matéria; que somente encarnou-se
depois. Isto não significa que se deva encarnar mais de uma vez o que
seria a reencarnação propriamente dita. Mas a heresia surgiu quando não
só afirmaram a eternidade e a
preexistência das almas humanas, como também que uma dessas almas teria
sido a de Jesus Cristo, em quem a Palavra de Deus se encarnava, para
obter a salvação dos homens.
Orígines propunha essas ideias como
hipóteses; hipóteses sobre os quais a igreja não se tinha pronunciado.
Não havia, pois, da parte de Orígenes a intenção de se afastar do
ensinamento da igreja a fim de constituir uma escola teológica própria
ou uma heresia. A desgraça de Orígenes, porém, foi ter tido muitos
discípulos e admiradores. Estes atribuíram o valor dogmático as
proposições do mestre, mesmo depois que o magistério da igreja declarou
contrária aos ensinamentos da fé. Contudo os discípulos de Orígenes
professaram como verdade de fé não somente a preexistência das almas,
como também a reencarnação delas.
As Escrituras nos ensinam claramente que
tanto a alma, como o corpo e o espírito do homem são gerados na
concepção, por uma semente corruptível: “Portanto,
como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim
também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram”
Romanos 5.12. Jesus não é uma alma humana preexistente que se encarnou,
mas o Verbo eterno, o Deus eterno que se fez carne: “Eis que a virgem
conceberá, e dará à luz um filho, e chamarão seu nome Emanuel, que
traduzido é: Deus conosco” Mateus 1.23.
HERESIAS 9 – ARIANISMO
No início do IV século, por volta de 319
D.C., surgiu o arianismo através de um presbítero cristão de Alexandria
chamado Ário, que estudou com
Luciano de Antioquia, que, por sua vez, fora influenciado por
Paulo de Samósata, que foi acusado de ser um adepto do
adocionismo (monarquianismo ou modalismo); ele começou a
propagar que só existia um Deus verdadeiro, o "Pai Eterno", princípio de
todos os seres.
O Cristo-Logos havia sido criado por Ele antes do tempo como
um instrumento para a criação, pois a divindade transcendente não
poderia entrar em contato com a matéria. O arianismo nada mais é que uma
vertente do gnosticismo.
Diante disso, Cristo, era inferior
e limitado, e não possuía o mesmo poder divino, situando-se entre o Pai
e os homens. Ário afirmava ainda que o Filho era diferente do Pai em
substância. Essa ideia ligava-se ainda ao antigo culto dos heróis
gregos, dentre os quais para ele Cristo sobressaía como o
maior, embora apenas possuísse uma divindade em sentido impróprio. O
arianismo era uma visão
cristológica
antitrinitária, que negava a
consubstancialidade entre
Jesus e
Deus Pai, que os igualasse.
Jesus seria uma criatura
subordinada
a
Deus Pai, sendo Ele (Jesus) não o próprio Deus em si e por si
mesmo. Segundo Ário, só existe um Deus e
Jesus é seu
filho e não o próprio Deus. Ao mesmo tempo afirmava que Deus
seria um grande eterno mistério, oculto em si mesmo, e que nenhuma
criatura conseguiria revelá-lo, visto que Ele não pode revelar-se a si
mesmo. Esta é uma heresia que não é sustentada pelas Escrituras.
Essas heresias de tempo em tempo retornam
à Igreja com o propósito de espalhar as ovelhas. Mas graças ao Espírito
Santo, inspirador das Escrituras e que conhece a Deus, nos traz através
dela o conhecimento até das Suas profundezas (I Coríntios 2.10). Deus
deseja ser conhecido, e é através de Seu Filho Jesus que Ele se revela a
nós: “Ninguém jamais viu a Deus. O Deus
unigênito, que está no seio do Pai, esse é quem o revelou”.
HERESIAS 10 – CONCÍLIO DE NICÉIA
Por causa dos ataques constantes,
principalmente do gnosticismo nos primórdios da Igreja, depois com o
docetismo, o modalismo, o origenismo, e em seguida o arianismo foi
realizado o primeiro concílio chamado Concílio de Nicéia. Através do
Imperador Constantino a Igreja Católica Apostólica Romana foi fundada em
um momento em que o Império Romano estava se desfazendo, por volta de
325 d.C., e a nova religião poderia uni-lo novamente. Constantino
convocou então o Primeiro Concílio na cidade de Nicéia, para que assim
todas as vertentes do cristianismo pudessem ser unificadas e
transformadas em uma religião de Estado.
A questão que culminou em Nicéia surgiu
de uma tensão não resolvida dentro do legado teológico de Orígenes de
Alexandria, no tocante ao relacionamento entre o Filho e o Pai. De um
lado, havia a atribuição de divindade ao Filho num relacionamento com o
Pai, descrito como geração eterna. Do outro lado, havia uma subordinação
evidente. Quase de modo apropriado, a disputa irrompeu em Alexandria, no
ano 318 D.C., sendo que Ário, um presbítero popular da região
eclesiástica de Baucalis, desenvolveu a linha de pensamento posterior do
origenismo contra o bispo Alexandre, que propunha a primeira das duas
linhas de pensamento acima. Depois de o enviado pessoal de Constantino,
Hósio de Córdoba, ter fracassado na sua tentativa de reconciliação das
duas partes em Alexandria, o imperador resolveu convocar um concílio.
Na verdade, este Concílio foi ecumênico,
porque a Igreja Romana estava no início da sua oficialização. Mesmo
assim a importância desse I Concilio é até hoje de um valor
imprescindível e inestimável para a cristandade em geral. Diante de
todas as controvérsias, e heresias que atacavam a humanidade e divindade
de Jesus Cristo, da “Trindade” e suas três Pessoas, o ponto mais
importante que ficou decidido e restabelecido neste Concílio foi que:
Jesus é 'Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro,
gerado, não criado, consubstancial (de uma única substância, essência e
natureza) ao Pai'.
É isso que nos ensinam toda a Escritura.
João no capítulo 1, nos versos 1 e 3 diz: "No princípio era o Verbo, e o
Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus… Todas as coisas foram feitas
por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez". Paulo em
Colossenses 1, nos versos 15 a 17 diz: “Ele
(Jesus) é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;
pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as
visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer
principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.
Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste”
HERESIAS 11 –
APOLINARIANISMO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios".
Apolinarianismo surgiu no IV século, por
um ponto de vista proposto por
Apolinário de Laodiceia (310-390), quem tentou criar um modo
de explicar a natureza de Jesus, sua humanidade e divindade, segundo o
qual
Jesus Cristo teria um corpo humano, porém dotado de uma mente
exclusivamente divina.
Apolinário era um ferrenho opositor do
arianismo (modalismo, unicismo). Porém, em sua ânsia em
enfatizar a divindade de
Jesus e a unidade de sua pessoa às outras duas Pessoas da
divindade, o levou a negar a existência de uma
alma humana racional na natureza humana de Cristo, sendo esta
substituída nele pelo
Logos
(Verbo), de forma que seu corpo seria então uma forma
espiritualizada e glorificada de humanidade.
O apolinariarismo foi qualificado como
heresia, em
381, pelo
Primeiro Concílio de Constantinopla, que definiu a posição
ortodoxa de que Cristo seria totalmente
homem e totalmente
Deus.
Apesar desses primeiros concílios serem
ecumênicos, o Senhor usou neste princípio vários homens sérios nas
Escrituras que puderam guardar esses principais pontos fundamentais da
fé cristã em sua pureza. Sabemos que o catolicismo romano foi tomando
forma desde então até culminar na Reforma, naquelas 95 teses de Martin
Lutero.
Jesus totalmente homem e totalmente Deus
é o grande mistério da piedade: “Evidentemente,
grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi
justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os
gentios, crido no mundo, recebido na glória” I Timóteo 3.16.
HERESIAS 12 – MACEDONIANISMO OU
PNEUMATOMAQUISMO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios,"
Outra heresia que surgiu no IV século
entre os macedônios foi a negação da Pessoa do Espírito Santo como a
terceira pessoa da divindade, e que ele era uma criatura do Filho e
servente do Pai e do Filho chamada de macedonianismo ou pneumatomaquismo.
Para resolver esse e outros problemas no
meio cristão foi convocado em maio de 381 pelo Imperador Teodósio um
concílio na cidade de Constantinopla para proporcionar uma sucessão
católica (universal) para a Sé Patriarcal de Constantinopla, confirmar o
Credo de Nicéia, reconciliar os semi-arianos com a Igreja e acabar com a
heresia macedoniana.
Este concílio também foi ecumênico e
ficou decidido e restabelecido que: 'O Espírito Santo é Senhor, como o
Pai e o Filho, e fonte de vida, que procede do Pai (e do Filho); e com o
Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele é Deus que falou pelos
profetas’.
O Espírito é o Espírito Santo, o Espírito
de Deus, o Espírito de Cristo; que desde a eternidade vive em perfeita
união e unidade ao Deus Trino trazendo aos homens o elo de comunhão
eterna entre a graça de Jesus Cristo, e o amor do Pai: “Vós,
porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de
Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal
não é dele... A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a
comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós” Rom. 8.9; II Cor. 13.13.
HERESIAS 13 – PELAGIANISMO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
No V século surgiu Pelágio e sua
doutrina. Chamado de Pelágio da Bretanha foi um
monge
ascético, nascido provavelmente na
Britânia. Estabeleceu-se em
Roma por volta de
405, depois viajou para
África do Norte, continuou a viagem até a
Palestina e escreveu dois livros sobre o
pecado, o
livre-arbítrio e a
graça:
Da natureza
e
Do livre-arbítrio.
Suas opiniões foram criticadas
violentamente por
Agostinho e seu amigo
Jerônimo, tradutor e comentarista bíblico, que morava em
Belém na Palestina. Foi inocentado das acusações sobre
heresia pelo
Sínodo de Dióspolis na Palestina em
415, mas condenado como herege pelo bispo de Roma em
417 e
418, e pelo
Primeiro Concílio de Éfeso em
431.
O pelagianismo negava a corrupção da
natureza humana a partir do pecado de Adão e porque, assim, ao tomar o
homem como plenamente capaz de alcançar a salvação e a perfeição por
suas próprias forças, acabava por desprezar a graça de Cristo e negá-la
como única. Dizia que o homem não nascia pecador, mas se tornava pecador
com o passar dos anos. Agostinho de Hipona combateu pelas Escrituras
esta heresia dizendo: que o pecado original de Adão foi herdado por toda
a humanidade e que, mesmo que o homem caído retenha a habilidade para
escolher, ele está escravizado ao pecado e não pode não pecar. Que a
salvação é obra da graça de Deus, e ela só pode ser obtida pela fé em
Jesus Cristo.
A Palavra de Deus nos confirma isso
quando diz: Rm 5:12: "Portanto, como por um homem entrou o pecado no
mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os
homens por isso que todos pecaram"... Tt 2:11: "Porque a graça salvadora
de Deus se há manifestado a todos os homens,"... Ef 2:8-9: "Porque pela
graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
Não vem das obras, para que ninguém se glorie;"
HERESIAS 14 - NESTORIANISMO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios,"
No V Século surgiu outra heresia chamada
nestorianismo. O fundador dessa heresia foi
Nestório, o arcebispo de Constantinopla
que viveu na primeira metade do século V. Segundo Nestório, Jesus não é
apenas um Deus-homem com duas naturezas: o Divino e o humano, mas também
contém duas personalidades: uma nascida humana por Maria e a divina,
nascida de Deus além de todos os tempos. Quando Jesus Cristo veio ao
mundo, não foi a Encarnação da Palavra de Deus que assumiu a natureza
humana: foi uma união entre Deus como uma pessoa e o homem como outra
pessoa no corpo de Jesus Cristo durante o seu batismo. Uma negação de
que Jesus é Deus, uma única Pessoa, o Filho de Deus encarnado.
Nestório desenvolveu a sua cristologia
como uma tentativa dedutiva e emocional de explicar e entender a
encarnação do divino
Logos, a segunda pessoa da
Trindade, no homem Jesus Cristo. Ele e outros teólogos da
escola já vinham há muito tempo ensinando uma
interpretação literal da Bíblia e enfatizavam a diferença
entre as naturezas humana e divina de Jesus. Nestório levou consigo
estas crenças quando foi apontado
Patriarca de Constantinopla pelo
imperador
Teodósio II em 438 D.C.
Em 431 D.C. o imperador Teodósio convocou
o Concílio de Éfeso, e Nestório foi declarado herege, e foi deposto.
Neste Concílio ficou decidido e restabelecido que: 'Cristo é uma só
pessoa e que continha duas naturezas. Um só e mesmo Cristo, Senhor,
Filho Único, Verbo encarnado que devemos reconhecer em duas naturezas,
sem confusão, sem mudanças, sem divisão, sem separação.' 100% Deus, e
100% homem; o mistério da piedade.
1Tm 2.5: "Porquanto
há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus,
homem."
HERESIAS 15 - MONOFISISMO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
No V século surgiu outra heresia chamada
monofisismo, mas que tinha raízes do gnosticismo e arianismo. O
monofisismo nasceu na "Escola
Teológica de Alexandria" o arquimandrita Eutíquio, um monge
de Constantinopla, no ano 460 D.C. (um movimento e não um local), que
começou a sua análise cristológica com o (divino) Filho eterno ou Verbo
de Deus e procurou explicar como este Verbo Divino se encarnou como um
homem. Pelo caminho contrário, a
Escola de Antioquia (onde nasceu o
nestorianismo, a antítese do monofisismo) partiu de Jesus
(humano) dos
evangelhos e tentou explicar como este homem se uniu com o
Verbo Divino na
Encarnação de Jesus.
Ambos os lados, é claro, concordavam que
Jesus era divino e humano, mas os alexandrinos enfatizavam a divindade
(incluindo o fato de a natureza divina ser "impassível", ou seja, imune
ao sofrimento) enquanto os antioquenos enfatizavam a humanidade
(incluindo o conhecimento limitado e a "sabedoria crescente" de Cristo
nos evangelhos). O monofisismo é contraposto pelo
diofisismo, que defende que Jesus preservou em si as duas
naturezas.
Os monifisistas
defendiam que Jesus Cristo, que é idêntico ao Filho (Logos) é uma pessoa
e uma
hipóstase (substância) em uma natureza: divina.
Eutíquio dizia que as naturezas humana e
divina de Cristo foram fundidas em uma nova natureza única (mono): sua
natureza humana teria "se dissolvido como uma gota de mel no oceano",
isto é, na natureza divina.
Essa heresia nega que Jesus Cristo fosse
plenamente humano e, portanto, torna impossível a santificação e a
theosis de nossa natureza, que deve ser idêntica à natureza humana de
Cristo. Mais uma heresia atacando a humanidade e divindade de Cristo. Se
ele não era humano então não se identificou conosco na cruz, e não
seremos jamais identificados com Ele como varão, homem perfeito.
No ano 451 D.C. foi
convocado outro concílio, o Concílio de Calcedônia para contrapor essas
heresias, e ficou decidido que: há um só e
mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito quanto à divindade, e
perfeito quanto à humanidade; verdadeiramente Deus e verdadeiramente
homem, constando de alma racional e de corpo, consubstancial com o Pai,
segundo a divindade, e consubstancial a nós, segundo a humanidade; em
tudo semelhante a nós, excetuando o pecado; gerado segundo a divindade
pelo Pai antes de todos os séculos, e nestes últimos dias, segundo a
humanidade, por nós e para nossa salvação, nascido da Virgem Maria; um e
só mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve confessar, em
duas naturezas, inconfundíveis, imutáveis, indivisíveis, inseparáveis; a
distinção de naturezas de modo algum é anulada pela união, antes é
preservada a propriedade de cada natureza, concorrendo para formar uma
só pessoa e em uma subsistência; não separado nem dividido em duas
pessoas, mas um só e o mesmo Filho, o Unigênito, Verbo de Deus, o Senhor
Jesus Cristo, conforme os profetas desde o princípio acerca dele
testemunharam, e o mesmo Senhor Jesus nos ensinou.
HERESIAS 16 – PAPISMO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
Apesar da Igreja Romana declarar que o
primeiro papa foi o apóstolo Pedro, o primeiro papa da Igreja Católica
Apostólica Romana, após a oficialização realizada por Constantino em 313
é Dâmaso I, que esteve à frente do pontificado da igreja de 1 de Outubro
de 366 até a data da sua morte 11 de dezembro de 384. Nasceu na
Província da Lusitânia, Império Romano, hoje Portugal, por isso é
chamado o primeiro papa português.
O seu papado
iniciou-se com a ascensão do imperador Teodósio I e a adoção do
cristianismo como religião oficial do Império Romano. Ele
teve que batalhar sangrentamente por 2 anos para assegurar o seu papado.
Foi acusado de assassino, mas absolvido pelo Estado e confirmado o seu
papado. Com isso Dâmaso I ajustou as relações entre a justiça civil e a
eclesiástica. O Estado então se uniu a Igreja em relação a fé e moral, e
a Igreja, tal como o Estado se encarregou de executar as sentenças
determinadas pelo tribunal episcopal tornando o papa alguém com o mesmo
poder de um imperador.
Os imperadores romanos, inclusive
Constantino, com exceção do Imperador Graciano passaram a chamá-los de
pontífice máximo. Dâmaso I foi o primeiro papa a usar com desenvoltura o
Anel de Pescador, com o símbolo do apóstolo Pedro passado de papa a papa
após a morte do seu antecessor. Este anel não existe mais, mas sua
tradição continua até hoje. Desde então todo o que se dizia cristão e
não se sujeitava ao papado era um inimigo do Estado também.
O papa é considerado pela Igreja Romana
como o representante de Jesus Cristo na terra, mas sabemos que esta
atribuição o Senhor deu somente ao Espírito Santo através da Sua Igreja.
Ele é o Cabeça do Corpo da Igreja, e continua até hoje sendo o Cabeça.
Ninguém pessoalmente representa Jesus na terra, mas Ele mesmo se
apresenta através do Seu Corpo, a Igreja: “Cuidado
que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas,
conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não
segundo Cristo; porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude
da Divindade... e não retendo a cabeça, da qual todo o corpo, suprido e
bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que
procede de Deus” Colossenses 2.8-9, 19.
HERESIAS 17 - ISLAMISMO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
No século VII surgiu o Islamismo. Mais ou
menos ¼, ou 25% da população mundial de 7,7 bilhões de pessoas é cristã,
da qual 60% são católicos romanos, e 40% divididas em mais de 10.000
denominações. Já o islã chega hoje a quase 20% da população mundial, ou
seja, é a maior religião unificada do mundo. O islamismo também é a
religião que mais cresce no mundo.
Interessante é que o islamismo é o que
mais se “assemelha” ao credo judaico-cristão. Eles possuem um livro
chamado Alcorão, um profeta central chamado Maomé, um Messias chamado
Mahdi, e creem num profeta judeu chamado Jesus filho de Maria. O Alcorão
não fala da volta de Maomé, mas da volta do profeta Jesus chamado Isa
al-Masih, filho de Maria que retornará e ensinará o islamismo ao
mundo.
De acordo com o Islã, Jesus não é quem a
Bíblia diz que ele é, Deus em carne. Na crença islâmica Jesus nunca
morreu na cruz pelos pecados da humanidade. O Corão ou Alcorão
especificamente nega que Jesus foi crucificado ou que Ele experimentou a
morte. Muçulmanos acreditam que após Alá (Deus) milagrosamente ter
libertado Jesus da morte, ele subiu ao céu vivo da mesma forma que a
narrativa bíblica sobre Elias. Desde então, creem que Jesus permaneceu
com Alá e está esperando a sua oportunidade para retornar à Terra para
terminar seu ministério e completar a sua vida terrena. E quando voltar
retornará como um muçulmano para ensinar que o islamismo é a única
religião verdadeira.
Isso nos faz lembrar de Apocalipse 13
onde o Espírito nos fala de um falso Messias, um falso profeta e uma
falsa religião mundial. Também nos faz lembrar das palavras de Jesus que
viria um falso Cristo e enganaria a muitos. Somente um falso Cristo
poderia fazer cristãos apostatar da fé e dar ouvidos a espíritos
enganadores: "Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui,
ou ali, não lhe deis crédito; porque surgirão falsos cristos e falsos
profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora,
enganariam até os escolhidos." Mt 24:23-24.
HERESIAS 18 – INFALIBILIDADE PAPAL
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
No século XI foi estabelecido entre os
cristãos a infalibilidade papal. Temos que lembrar que nesta época os
cristãos, com raras exceções, eram católicos apostólicos romanos.
Aqueles que não seguiam o romanismo eram perseguidos e mortos no fogo da
inquisição.
Infalibilidade Papal é o dogma católico
que afirma que o papa está sempre correto em suas deliberações, porque
ele é o representante de Jesus na terra. Especificamente no século XI,
foi
publicada uma obra reunindo axiomas e
proposições que tratavam da autoridade, competência e poder dos papas. A
obra chamava-se Dictatus Papae e, resumidamente, afirmava que os papas
tinham poder sobre os assuntos de âmbito temporal e espiritual. Uma das
proposições, inclusive, afirmava que um papa nunca errou e nunca errará,
excluindo assim a Pessoa e obra do Espírito Santo, o único paracletos (ensinador
e infalível) estabelecido por Jesus, e pelo qual temos acesso a Deus
diretamente.
Jo 16:13-15: "Mas, quando vier aquele, o
Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará
de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há
de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo
há de anunciar.
Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso vos
disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar."
HERESIAS 19 – A INQUISIÇÃO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
No século XIII, onde a religião
predominante no mundo era o catolicismo romano surgiu a
Inquisição. Ela era um tribunal
eclesiástico com o intuito de investigar, julgar e combater a "heresia",
ou seja, qualquer linha de pensamento contrária aos dogmas da Igreja
Romana na época. Os pretensos hereges e feiticeiros, acusados de crimes
contra a fé católica, chamada Santo Ofício, uma vez condenados eram
enviados ao Estado, para serem sentenciados.
Como vimos anteriormente a Igreja Romana
se fundiu ao Estado tendo o mesmo status. Chamada também de Santa
Inquisição, a maioria dos considerados hereges eram queimados em
fogueiras em praças públicas. Muitos cristãos verdadeiros, que não se
dobravam ao jugo do catolicismo foram mortos por este tribunal. Ele
perdurou até o século XIX. Um tempo muito sombrio para os santos e fiéis
em Jesus Cristo.
"Lembrai-vos, porém, dos dias passados,
em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de
aflições; pois por um lado fostes feitos espetáculo tanto por vitupérios
como por tribulações, e por outro vos tornastes companheiros dos que
assim foram tratados. Pois não só vos compadecestes dos que estavam nas
prisões, mas também com gozo aceitastes a espoliação dos vossos bens,
sabendo que vós tendes uma possessão melhor e permanente” Hb 10:32-34.
HERESIAS 20 - HIPERCALVINISMO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
No século XVI surgiu o hipercalvinismo.
João Calvino foi um dos principais reformadores juntamente com Martin
Lutero. Enquanto Lutero atuava na Alemanha, Calvino tinha seu reduto na
França. Calvino foi um grande influenciador não só na cristandade, mas
também na vida social, política e até mesmo no sistema econômico de
diversos países.
O Hipercalvinismo surgiu após a morte de
Calvino em 1564, e é uma vertente da teologia Calvinista trazida
principalmente pelos seus seguidores mais extremados, segundo a qual
Deus predestinou tudo, em sentido absoluto, inclusive o mal.
Eles se baseiam em 5 pontos principais:
Total Depravação do homem, Eleição Incondicional, Expiação Limitada,
Graça Irresistível, Perseverança garantida. Embora geralmente seja
considerado como uma variante do Calvinismo, seus críticos apontam
diferenças significativas entre as crenças hipercalvinistas e o
calvinismo tradicional.
Os hipercalvinistas veem somente o lado
soberano de Deus e ignoram a responsabilidade do homem. Também editam as
Escrituras usando somente textos que defendem a sua doutrina. Como
resultado excluem o evangelismo e o apascentamento, já que tudo está
determinado e findado por Deus no seu propósito soberano para cada
pessoa. Negando assim a salvação universal, o reino, os galardões, o
prejuízo, o tribunal de Cristo, os vencedores, e muitas outras coisas.
Jo 1:12, 12:32: "Mas, a todos quantos o
receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem
filhos de Deus;.. E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a
mim." Is 1:19-20: "Se quiserdes, e me ouvirdes, comereis o bem desta
terra; mas se recusardes, e fordes rebeldes, sereis devorados à espada;
pois a boca do Senhor o disse."
HERESIAS 21 - ARMINIANISMO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
No início do século XVII surgiu o
arminianismo. Para contrapor o hipercalvinismo que crescia muito na
Holanda, no final do século XVI surgiu Jacó Armínio, um grande estudioso
das Escrituras, e que defendia principalmente a graça resistível através
do livre arbítrio do homem, a salvação universal e a responsabilidade do
homem.
Armínio encontrou muita resistência na
época porque o ensino que imperava era a doutrina reformada. A grande
controvérsia aconteceu quando ele ensinava Romanos. Primeiramente o
capítulo 7 quando dizia que o Espírito Santo convencia um homem mesmo
estando no pecado. No estudo de Romanos se concentrou no tema principal
do apóstolo Paulo da justificação pela fé em contradição com as obras ao
invés de focar na soberania e decretos eternos de Deus. Com isso
levantou grande oposição dos principais professores que seguiam a
doutrina calvinista. Armínio não se opunha as doutrinas de Calvino, mas
procurou fazer com que os hipercalvinistas vissem o outro lado, a da
responsabilidade do homem.
O problema maior não surgiu com Armínio,
mas por seus seguidores, como também aconteceu com Calvino. A partir
daqui se inicia umas das maiores divisões entre os cristãos que perdura
até hoje, os calvinistas e os arminianos. Quando a mente humana não
compreende os pensamentos e os caminhos de Deus, que são muito mais
altos do que os nossos, normalmente causam esses extremos. A Escritura
mostra que Deus é 100% soberano, e o homem é 100% responsável. Se
olharmos somente para um lado vamos nos extremar, criar confusão e
principalmente causar divisão. Não podemos ir além daquilo que está
escrito; as Escrituras não é de particular interpretação.
Não somos seguidores de homens, e muito
menos de doutrinas, mas de Jesus Cristo: Rom 11:34-35; 14:10-12; I Cor.
4:1: "Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor? Ou quem se fez seu
conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja
recompensado?.. Pois todos compareceremos
perante o tribunal de Deus. Como está escrito: Por minha vida, diz o
Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará
louvores a Deus. Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a
Deus... Ora, irmãos, estas coisas eu as apliquei figuradamente a
mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além
do que está escrito, de modo que nenhum de vós se ensoberbeça a favor de
um contra outro”
HERESIAS 22 – ILUMINISMO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
No final do século XVII surgiu o
Iluminismo. O iluminismo veio através de John Locke, considerado o pai
desse movimento filosófico que aconteceu entre os séculos XVII e XVIII
na Europa, em especial na França que tinha o propósito de romper com o
teocentrismo - doutrina que coloca Deus no centro de tudo - e passou a
ver o homem como o centro do conhecimento.
De uma certa forma nasce com este
movimento o humanismo que coloca o homem no centro de tudo e não Deus.
Este movimento valorizava o homem, a sua condição e prazer acima de
tudo. O homem como o centro do universo e não Deus. O iluminismo tinha
um lema:
liberdade, igualdade e fraternidade.
Sabemos que no homem pecador isto é impossível de alcançar sem a graça
de Deus através de Jesus Cristo. Na verdade, o humanismo existe desde o
Éden. Ela é a doutrina principal de Satanás: cogitar das coisas que são
dos homens e não nas das coisas que são de Deus.
O iluminismo, também chamado de século
das luzes, colocava a razão acima da fé, e que somente através dela a
humanidade podia progredir. Dentre os principais iluministas estavam
Voltaire, Montesquieu e Rousseau. Voltaire combatia a inflexibilidade
religiosa; um crítico ferrenho dos judeus e cristãos. Montesquieu
defendia o poder do povo dividida em três poderes: Legislativo,
Executivo e Judiciário. Rousseau foi relativamente receptivo ao
cristianismo, mas defendia um gradual abandono, das formas tradicionais
de estruturação social baseadas nas Escrituras. O homem sujeito ao homem
e às suas próprias leis, não a fé, as Escrituras e a Deus.
Tanto a liberdade, como a igualdade, a
luz e todas as coisas só podemos encontrar em Jesus Cristo: “Eu sou a
luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá
a luz da vida... O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os
homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram
más” João 8:12, 3.19. Também há um grande mal, quando um homem domina
sobre outro homem, e isto para o seu próprio dano (Ecl. 8.9).
HERESIAS 23 – MAÇONARIA
"Mas o Espírito expressamente diz que em
tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos
enganadores, e a doutrinas de demônios."
No século XVII surge a maçonaria como uma
sociedade livre. Maçom era o nome dado aos pedreiros em francês. A
organização surgiu no século XIV na Idade Média, época de grandes
construções onde os castelos e catedrais eram feitos com pedras. A
maçonaria surgiu como uma espécie de protótipo dos sindicatos, com o
objetivo principal de defender os interesses econômicos, profissionais,
sociais e políticos dos seus associados. A maçonaria à princípio era uma
associação de pedreiros.
No final da Idade Média a maçonaria
passou a admitir outros membros, além de pedreiros, tais como:
alfaiates, sapateiros e ferreiros. Mais tarde no século XVII
transformou-se, assim, em uma fraternidade dedicada à liberdade de
pensamento e expressão, religiosa ou política, e contra qualquer tipo de
discriminação de raça, religião, ideário político ou posição social.
Suas únicas exigências era que os seus candidatos possuíssem um espírito
filantrópico e de buscar sempre a perfeição.
Desde então, a maçonaria se tornou um
movimento principalmente para aconchegar entre si as várias ramificações
cristãs, isto é, a aproximação do cristianismo com outras religiões, na
tentativa de unir todas as forças vivas do mundo para uma luta mais
decisiva em prol da liberdade, da paz mundial, da fraternidade e da
justiça social. Mais tarde, no século XIX ela foi constituída como uma
sociedade secreta vinculada às ideias do laicismo (estado laico) e do
iluminismo. Nasce aqui também o Ecumenismo.
O homem sempre procurando encontrar um
meio de viver harmoniosamente sem uma verdadeira experiência com Jesus
Cristo. Esses são os caminhos de Caim e da sua descendência, que saindo
da presença do Senhor proveu para si segurança, bens e alegria. São
coisas que tem aparência de piedade, mas que tem o propósito de negar o
poder de Deus.
Cl 2:8-9: "Tendo cuidado para que ninguém
vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a
tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo
Cristo; porque nele habita corporalmente
toda a plenitude da divindade..."
HERESIAS 24 – LIBERALISMO TEOLÓGICO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
No século XVIII surgiu o liberalismo
teológico. Segundo a teologia liberal o cristianismo seria uma religião
entre tantas outras, e que Deus se revelava em todas, isto é, não
importa qual religião você esteja todos poderão encontrar e servir o
mesmo Deus. Surge aqui a teoria de que todos os caminhos levam a Deus, e
que a única diferença entre eles são as circunstâncias desse encontro.
Eles também afirmavam que aquilo que não
se podia provar historicamente era apenas teologia daquela Igreja. Os
liberais afirmam que as Escrituras não é, mas contém a Palavra de Deus.
Os liberais não creem na autoridade das Escrituras, nos milagres
bíblicos, e dizem que a ressurreição de Jesus foi uma invenção dos
discípulos pegando o Jesus da história e o transformando no Cristo da
fé.
Também afirmavam que a superação do
pecado e a entrada no Reino de Deus se dava pela prática da caridade e
da comunhão entre as pessoas, não pela fé em Cristo. Em suma, o
liberalismo teológico só crê naquilo que é histórico e o que tenha
provas cabais, e que Deus é o criador e Pai de todos.
O inimigo está sempre tentando contra o
Senhor e a Sua Palavra. Satanás ou deprecia ou potencializa a Palavra de
Deus. Ou ele acrescenta, ou tira partes do que Deus disse, e isto desde
o Jardim do Éden. Por isso o apóstolo Paulo nos diz: "Porque
zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos
apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo. Mas receio
que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também
seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza
devidas a Cristo” II Cor. 11.2-3.
HERESIAS 25 - DARWINISMO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
No século XIX surgiu o darwinismo, a
teoria da evolução de Charles Darwin. Darwin negava o criacionismo que
dizia que todas as coisas foram criadas por Deus. Em sua teoria dizia
que é o ambiente, por meio de seleção natural, que determina a
importância da característica do indivíduo ou de suas variações, e os
organismos mais bem adaptados a esse ambiente têm maiores chances de
sobrevivência, deixando um número maior de descendentes.
Darwin dizia também que todos os seres
vivos vêm de uma evolução da raça e todos têm um ancestral em comum que
passou por pequenas mudanças e mutações, e que portanto, o homem
derivava de seres unicelulares, possivelmente vinda de outros planetas (Panspermia),
ou a formação das primeiras moléculas por uma reação química (Evolução
Química).
Atribuísse a Darwin e a sua teoria da
evolução que o homem descende do macaco, mas na verdade Darwin nunca
afirmou isso. Ele dizia apenas que o homem tinha um ancestral comum com
os macacos, mas que ambos vieram de um determinado ser vivo, e por causa
de diferentes evoluções eles se ramificaram entre os macacos e os seres
humanos.
Em sua autobiografia ele faz questão de
dissociar a sua crença agnóstica ao cristianismo. O agnosticismo para
Darwin é a descrição mais correta para o seu estado de espírito. Há
relatos que no leito de morte ele se arrependeu de seu agnosticismo e da
sua teoria, mas há controvérsias. Seu filho, Francis Darwin relatou que
seu pai permaneceu com esta visão até a sua morte.
Essa teoria que iniciou por Darwin ataca
a divindade, a centralidade de Deus e de Jesus Cristo para quem, e por
quem tudo foi criado: “Porque nele foram criadas todas as coisas nos
céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam
dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele
e para ele." Colossenses 1.16.
HERESIAS 26 – AGNOSTICISMO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
O agnosticismo surgiu no final do século
XIX através de Thomas Huxley, um biólogo britânico mais conhecido como
“O Buldogue de Darwin”, por ser o principal defensor público da teoria
de Darwin. Ele foi o que primeiro a usar este termo ‘agnóstico’ num
encontro da Sociedade Metafísica em Londres.
Thomas Huxley dizia ser agnóstico porque
ninguém jamais teria a capacidade de descobrir como surgiu o universo, e
qual o propósito dele existir. Ele não queria propor um novo modelo de
credo, mas uma ideia filosófica que servia para defender que nenhum ser
humano tinha fundamentos racionais para validar qualquer crença.
O agnóstico na verdade não nega e nem
afirma a existência de Deus. Ele apenas diz que caso exista, ele é um
ser desconhecido, e é impossível ao homem chegar a tal conhecimento. Do
agnosticismo surgiu o ateísmo, a total descrença em um ser superior ou
criador. O agnosticismo se contrapõe completamente a qualquer sistema
religioso, e que coisas relativas a demônios, anjos ou a existência de
Deus não podem ser explicadas e comprovadas.
Como disse nosso irmão Paulo, que o
Senhor nos livre desses homens perversos e maus, porque a fé não é de
todos: “Finalmente, irmãos, orai por nós,
para que a palavra do Senhor se propague e seja glorificada, como também
está acontecendo entre vós; e para que sejamos livres dos homens
perversos e maus; porque a fé não é de todos” II Tess. 3:1-2.
HERESIAS 27 - ANTINOMIANISMO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
Apesar de iniciar no século XVI após a
reforma protestante, no século XIX surgiu o antinomianismo moderno. O
antinomianismo é a doutrina de que, pela fé e a graça de Deus anunciadas
no Evangelho, os cristãos são libertados não só da lei de Moisés, mas de
todo o legalismo e padrões morais de qualquer cultura. O antinomianismo
se transformou e se extremou a partir do século XIX levando a graça de
Deus a uma coisa licenciosa, excluindo totalmente a responsabilidade do
homem, e a obediência aos mandamentos de Cristo.
Baseados na obra consumada de Cristo o
cristão já é possuidor de tudo, excluindo completamente a necessidade de
obras, de crescimento espiritual, de diligência, de esforço, de
desenvolvimento da salvação e perseverança. Os antinomianos não creem no
galardão e prejuízo, no tribunal de Cristo, no reino, nos vencedores; e
tratam a santificação como obra exclusiva de Deus, sem a participação
humana, estando já predestinados à perfeição.
Os antinomianos são em sua maioria
hipercalvinistas, e afirmam que uma vez que você “aceitou” a Cristo tem
tudo, e não necessita de mais nada. A graça e a eleição em Cristo te
levarão a eternidade independente da forma que se viva a vida cristã. Na
maioria consideram o batismo uma prática ultrapassada por pertencer a
João Batista, e que a ceia é comer a comida normal e juntos estar
compartilhando de Cristo.
Mas as Escrituras nos diz: "Porque a
graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens,
ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências
mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente...
Assim, pois, amados meus, como sempre
obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha
ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor...
Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada
um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal."
Tito 2.11-12; Fil. 2.12; II Cor. 5.10.
HERESIAS 28 -
EXCLUSIVISMO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
Principalmente no século XIX surgiu o
exclusivismo. Exclusivismo é a doutrina ou crença de que apenas um
determinado sistema de religião, igreja ou crença particular é a
verdadeira. Na sua forma normativa é simplesmente a crença que a sua
religião ou o seu dogma é o verdadeiro, e todo o restante é um engano,
uma mentira.
Após a reforma protestante de Martin
Lutero o cristianismo começou a se dividir, primeiramente nos luteranos
na Alemanha. Depois o rei Henrique VIII da Inglaterra criou a Igreja
Ortodoxa, uma vertente da Igreja Católica, depois os calvinistas e os
arminianos. No século XVIII da Igreja Ortodoxa surgiram os metodistas de
John Wesley. Entre os ditos protestantes vieram os puritanos, os irmãos
unidos, os anabatistas, os presbiterianos, os morávios, os adventistas,
mas o exclusivismo se agravou mesmo no século XX quando surgiu o
movimento pentecostal.
Muito interessante é que muitos dos nomes
de instituições que encontramos hoje foram denominados pelos
perseguidores dos verdadeiros cristãos. Os batistas vieram do apelido
que os adversários dos anabatistas puseram neles, por não batizarem
crianças. Os presbiterianos também, porque as Igrejas criam que não era
necessário um sacerdote, um padre ou bispo como os católicos romanos,
apenas os presbíteros para cuidar do povo. Assim como os metodistas e
luteranos. Martin Lutero jamais admitiria denominar a Igreja como sendo
sua, uma Igreja de Lutero! Hoje são mais de 30.000 denominações
evangélicas no mundo fruto desse exclusivismo.
Ef 4:4-6: "Há um só corpo e um só
Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa
vocação; Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; Um só Deus e Pai de
todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós."
HERESIAS 29 - LEGALISMO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
No final do século XIX com o crescimento
do exclusivismo, da divisão e das denominações surgiu um movimento
legalista, e de usos e costumes. Também chamado de farisaísmo moderno ou
conservadorismo, este movimento nasceu para contrapor a salvação apenas
pela graça e a fé.
Os conservadores religiosos creem que
para serem salvos e aceitos diante de Deus precisam além da fé guardar
certos mandamentos mosaicos tais como o sábado, não comer certos
alimentos considerados imundos pela lei; usarem roupas correspondente ao
sexo: homens calças ou ternos e mulheres vestidos. Os homens não terem
cabelo comprido, e as mulheres não cortarem o cabelo, pintarem unhas ou
usar maquiagens, joias, e não consumirem bebidas alcóolicas. Este
movimento crê que a salvação se perde caso esses mandamentos e costumes
não sejam guardados, e que a verdadeira santidade é mostrada também
exteriormente, pela observância desses preceitos.
Infelizmente este farisaísmo ainda é
muito forte hoje em um segmento da cristandade. Na grande maioria dos
legalistas a salvação não é eterna, e que as doutrinas da sua igreja e a
fé devem permanecer até o final. O legalista também acredita que uma vez
que caiu em pecado, e se afastou da Igreja estará fadado ao inferno. Não
importa qual o seu estado ele deve estar na Igreja, porque quando Jesus
voltar levará a Igreja com todos que estão dentro.
Não importa o que os homens e Satanás
inventam. No final o que nos julgará é a Palavra de Deus, e o que ficará
é o que temos de Cristo: "Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa
sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos
homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo;..
no dia em que Deus, por meio de Cristo
Jesus, julgar os segredos dos homens, de conformidade com o meu
evangelho" Col. 2.8; Rom. 2.16.
HERESIAS 30 - ADVENTISMO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
No século XIX surgiu o adventismo. Dentro
do contexto do Segundo Grande Reavivamento dos Estados Unidos surgiram
os adventistas que salientavam a crença na iminente segunda vinda de
Jesus a esta terra. O movimento começou com William Miller, cujos
seguidores ficaram conhecidos como Mileritas. Usando o texto do profeta
Daniel (8:14), Miller acreditou que os cálculos precisos eram possíveis
para estabelecer as datas das profecias bíblicas. Miller chegou à
conclusão que Cristo Jesus voltaria à terra em 22 de Outubro de 1844, ou
seja, no "Dia da Expiação" (Yom Kipur) do povo judeu.
Cerca de 100 mil pessoas de diversas
denominações foram convencidas por Miller para esperar a volta de Cristo
nesta data. Muitos chegaram a subir em montes para aguardar a volta, mas
tiveram um grande desapontamento causando contra eles grande zombaria e
escárnio. Por outro lado, despertou no seio da Igreja o apreço pela
volta do Senhor e o Apocalipse. Todos que até hoje colocaram data na
volta do Senhor se frustraram, porque não será no nosso tempo Krónos
(tempo cronológico), mas no Kairós, tempo de Deus.
Jesus disse que nem ele, nem os anjos
sabem. Todos aguardam o Dia do Senhor, que pertence à Autoridade de Deus
Pai: "Quanto, porém, ao dia e à hora, ninguém sabe, nem os anjos no céu
nem o Filho, senão o Pai... Aqueles, pois, que se haviam reunido
perguntavam-lhe, dizendo: Senhor, é nesse tempo (cronológico) que
restauras o reino a Israel? Respondeu-lhes: A vós não vos compete saber
os tempos (Krónos) ou as épocas (Kairós), que o Pai reservou à sua
própria autoridade." Mc. 12.32; Atos 1.6-7.
HERESIAS 31 – TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
No século XX surgiram muitas heresias.
Como ervas daninhas, as heresias vêm e vão. Satanás não cessa de atacar
a Igreja de Cristo. A questão é que elas voltam de maneiras diferentes,
até mais sofisticadas. É o caso do arianismo moderno, que hoje chega até
nós de modo escondido, e disfarçado, sob a forma de humanismo
materialista, a chamada Teologia da Prosperidade.
Esta corrente doutrinária defende que
todos os cristãos, independente de classe social foram chamados por Deus
para prosperar em todas as áreas da sua vida. Todo sofrimento e
limitações é visto como falta de conhecimento, fé ou proclamar,
determinar vitória. Pobreza e enfermidades devem ser problemas do
passado, da vida em pecado. Agora como filhos de Deus essas coisas não
fazem mais parte dos planos de Deus, mas de levá-los à plena “benção” da
prosperidade.
A Teologia da Prosperidade ensina que
qualquer sofrimento do cristão indica falta de fé ou castigo de Deus por
causa de algum pecado. Assim, a marca do cristão cheio de fé e
bemsucedida é a plena saúde física, emocional e espiritual, além da
prosperidade material. Sofrimentos, provações, enfermidades, e falta de
prosperidade financeira são sinais de pecado, maldições presentes ou
passadas, que caso haja devem ser quebradas.
Esta teologia também ensina a barganhar
com Deus. Se Deus prometeu Ele é obrigado a cumprir; você só tem que
tomar posse. Quanto mais você dizima ou oferta mais prospera. Toda a
doutrina das igrejas que defendem esta teologia é voltada à prosperidade
financeira e a cura de enfermos.
Mas a Escriturass diz: "Meus irmãos,
tende por motivo de grande gozo o passardes por várias provações,
sabendo que a aprovação da vossa fé produz a perseverança; e a
perseverança tenha a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e
completos, não faltando em coisa alguma... pois vos foi concedido, por
amor de Cristo, não somente o crer nele, mas também o padecer por ele,"
Tiago 1:2-4, Fil. 1:29.
HERESIAS 32 - CLERICALISMO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
No século XX também foi introduzido no
meio dos cristãos evangélicos o Clericalismo. Com o aumento das
denominações no século XIX até o início do século XX o clericalismo
começou a tomar forma nas Igrejas deixando que fosse introduzida a
tradição católica romana de que a condução do povo e a interpretação das
Escrituras não podiam ser feitas por qualquer leigo, mas por alguém que
tivesse preparo e feito um seminário. Esta pessoa seria denominada não
como Padre como a tradição católica romana, mas como Pastor.
Nasce também com o Clericalismo o
profissional de púlpito, a função de pastor como título e uma profissão
remunerada, dando a eles a autoridade de sacerdotes eliminando assim o
sacerdócio de todos os santos. O Clericalismo fez com que a Igreja
ficasse dividida em dois grupos de pessoas: os líderes, o clero
considerado os espirituais, e o laicado, o restante do povo.
Infelizmente mais de 90% do povo que se diz cristão evangélico hoje vive
debaixo desse Clericalismo.
Jesus ensinou claramente que há um só
mestre e cabeça da Igreja que é Ele. Todos os que se colocam em seu
lugar são ladrões e salteadores: “Vós,
porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós
todos sois irmãos. A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só
um é vosso Pai, aquele que está nos céus. Nem sereis chamados guias,
porque um só é vosso Guia, o Cristo.
Mas o maior dentre vós será vosso
servo... Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os
leprosos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai... Mas
vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo
adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das
trevas para a sua maravilhosa luz." Mat. 23:8-11; Mat. 10:8; I Pd. 2:9.
HERESIAS 33 – CARISMATISMO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
No século XX, alguns anos após o
surgimento do movimento pentecostal no princípio do século veio o
carismatismo. O carismatismo dá ênfase à atuação específica de dons e
revelações particulares dada a certos indivíduos mesmo por pessoas
leigas. Visões místicas, fenômenos e espasmos sensoriais, visões e
sonhos proféticos, unções especiais de poder. Crê-se no ministério e
dons proféticos dados por Deus de forma corriqueira (uma distorção dos
verdadeiros ministérios e dons do Espírito) com o propósito de entregar
uma profecia, revelar algo para ou sobre alguém, prever o futuro. Um
tipo de cartomancia travestida.
A palavra “carismático” em si está
correta, porque fala de alguém cheio do Espírito Santo, mas o
carismatismo distorce e diz que toda pessoa cheia do Espírito tem por
obrigação falar línguas estranha, fazer curas e operar milagres. O
carismatismo é muito comum no meio evangélico pentecostal e
neopentecostal. No princípio da Igreja, em Corínto já vemos essas
distorções que o apóstolo Paulo teve que corrigir. Não podemos negar os
dons espirituais, muito necessário para o crescimento da Igreja, mas o
carismatismo dá mais ênfase ao Espírito Santo, seus dons e manifestações
do que a Pessoa de Jesus Cristo e sua obra.
Outro desvio do carismatismo é com a
imposição de mãos. Os carismáticos creem, baseados em Atos 8.17-19 que é
possível transferir a unção do Espírito, a chamada transfusão. E para
isso criaram muitos tipos de unções, tais como: Unção de Isaque, Unção
do Riso, Unção da Galinha, Unção Apostólica, Unção do G12 e etc...
A Escritura nos diz: "Mas
um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as,
como lhe apraz, a cada um, individualmente... Porventura são
todos apóstolos? São todos profetas? São todos doutores? São todos
operadores de milagres? Têm todos o dom de curar? Falam todos diversas
línguas? Interpretam todos? Portanto, procurai com zelo os melhores
dons; e eu vos mostrarei um caminho mais excelente" 1Co 12:11, 29-31.
HERESIAS 34 – NEOPENTECOSTALISMO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
Em meados do século XX surgiu o
neopentecostalismo, ou a expressão chamada Terceira Onda do
Pentecostalismo. O neopentecostalismo é um movimento dentro do
cristianismo que surgiu em meados dos anos 1970 e 1980, algumas décadas
após o movimento pentecostal e carismático do início do século XX,
ocorrido em 1906 e se pauta principalmente na teologia da prosperidade,
na expulsão de demônios, curas divina, e poder dado a apenas alguns
líderes com "unção" especial.
Outros ensinos muito comuns no
neopentecostalismo são as batalhas espirituais, os confrontos diretos
com demônios e expulsão deles nas reuniões das suas Igrejas e sua vida
cotidiana, possessão dos crentes de demônios que causam enfermidades,
adultérios, pecados e fracassos financeiros, quebra de maldições
hereditárias, ordem a anjos da guarda, unção com óleo sagrado, beber
copo de água ungida, e vários outros sincretismos.
Algumas delas são mega igrejas que
manipulam multidões usando a prática do evangelismo midiático massivo, e
a maior parte delas utilizam, ou até mesmo possuem, canais de TV,
rádios, jornais, editoras, literaturas próprias e portais ou sites na
internet. Também incluem em suas fileiras a venda de franchising de sua
placa denominacional, líder religioso e métodos.
Mt 7:22-23: "Muitos me dirão naquele dia:
Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não
expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E
então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós
que praticais a iniquidade."
HERESIAS 35 – PÓS-VERDADE
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
No final do século XX surgiu o termo
"pós-verdade". O substantivo foi definido como “relativo ou referente a
circunstâncias nas quais os fatos objetivos têm menos influência do que
os apelos à emoção e a crenças pessoais”. Isso significa que, na
sociedade atual, as interpretações e as versões de um fato teriam mais
importância do que o acontecimento em si. Ou seja, a verdade factual
torna-se irrelevante, e o que importa mesmo são as crenças, ideologias e
opiniões pessoais.
Esse movimento defende que cada indivíduo
possui a sua própria verdade. A verdade coletiva é uma utopia, portanto,
o que importa é a verdade de cada um, a “minha verdade”. Satanás
conseguiu fazer com que o mundo creia que a verdade é uma mentira, e que
a mentira é a verdade. No âmbito dos cristãos, o pós-verdade entrou com
o sentido de que a interpretação bíblica é mais valiosa que a verdade
trazida pelo Espírito da verdade.
As doutrinas e as novas versões bíblicas,
que na verdade não é a Escritura, mas paráfrases, que são facilmente
compreendidas pela mente são mais relevantes e aceitas do que as coisas
ensinadas em mistérios pelo Espírito Santo. A inteligência (maquinação)
humana tomou o lugar da revelação divina. Não é mais necessário o
Espírito para lhes guiar a toda verdade, mas somente homens que fale o
que lhes agrada, que concordam com “a sua verdade”.
2Tm 3:16-17; 4:1-4: "Toda a Escritura é
divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para repreender, para
corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja
perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra... virá tempo
em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo coceira nos ouvidos,
amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e
desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas".
HERESIAS 36 - SOLIPSISMO
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios,"
Desde o início da Igreja primitiva, temos
sido ensinados a viver como povo de Deus, a Sua família, o Corpo de
Cristo, pedras vivas da Casa de Deus, uma vida cristã coletiva, mas em
toda a história da Igreja sempre existiram os solipsistas. O solipsismo
é uma doutrina segundo a qual a única realidade no mundo, e a única
coisa que importa é o EU. Solipsismo é a designação comum a religiosos
que se isolam do mundo, e passam a ter vida ou conjunto de hábitos de um
indivíduo solitário.
Raras vezes se reúnem, e quando o fazem é
num grupo pequeno, bem restrito, e nunca se mesclam. Tem o costume de
viverem solitários, no máximo: EU, minha família e Deus. Alguns até se
refugiam em monastérios, se tornam anacoretas (vida contemplativa),
eremitas, ermitãos. Não tem prazer em congregar, repartir, ser
solidário, servir, acolher e ser acolhido; não são hospitaleiros, e o
foco é sempre a auto-estima, a satisfação do EU; o EU que governa. Uma
ilha solitária, individuais e auto-suficientes. Infelizmente muitos
cristãos vivem assim.
Hb 10:24-25: "Consideremo-nos também uns
aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos
de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações
e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima."
HERESIAS – APOSTASIA FINAL
1Tm 4:1: "Mas o Espírito expressamente
diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."
Vimos nas meditações anteriores, com a
ajuda do Espírito Santo e as Escrituras a utilidade dela para nos
ensinar, para repreender, corrigir e instruir em justiça (II Tim. 3.16).
Foi assim que os nossos irmãos do passado resistiram a todas essas
heresias, e perseveraram para se guardar delas e fazer sustentar o
testemunho da Igreja Viva, coluna e baluarte da verdade, até os dias de
hoje.
Esses tempos posteriores a qual o
Espírito nos avisa através do apóstolo Paulo no versículo acima, não é
esta apostasia que vem acontecendo na cristandade pouco a pouco nesses
dois milênios da sua existência; os ataques do inimigo contra a Pessoa
do Senhor Jesus, sua obra e a Igreja fiel ao Senhor que vem desde o
princípio. Esta apostasia virá não apenas com falsas doutrinas trazidas
por falsos profetas, mas agora trazidas por um falso Cristo. Jesus
disse: “ ...Vede que ninguém vos engane.
Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a
muitos”.
Este falso
Cristo será astucioso, poderoso, prodigioso, persuasivo, convincente, a
ponto de quase enganar os filhos de Deus. Cada animal descrito por
Daniel representa um rei e um reino. Apocalipse 13, no verso 2 nos
mostra que o anticristo terá todas as qualidades daqueles reis e
impérios numa só pessoa. Além disso terá o trono, o poder e autoridade
dados pelo Dragão, o diabo.
Os prodígios
serão tais que se possível fosse nos enganaria. Só não será possível
enganar os escolhidos porque temos o Espírito Santo, o Espírito da
Verdade e as Escrituras. Para este tempo temos que estar preparados, com
nossas candeias acesas, óleo na lâmpada e na botija, cheios do Espírito
Santo, e com a Palavra de Cristo habitando em nós ricamente. Só não
podemos apagar o Espírito, e vivermos como virgens insensatas. A graça e
a paz de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos.
Edward Burke Junior
Londrina – Janeiro 2022
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