Dia 20 de janeiro

 

 

 

PIEDADE E MULHER

 

 

Nas últimas epístolas do Paulo (as duas a Timóteo e a Tito) menciona-se várias vezes uma palavra que não se menciona nas anteriores: 'piedade'. Sua ocorrência se explica pela avançada deterioração que já mostra a igreja, e que obriga ao apóstolo a fazer uso de um termo que signifique a integridade e coerência da vida cristã, quer dizer, não só como uma fé que se leva no coração, mas sim como uma forma de vida.

E então utiliza freqüentemente esta palavra, aplicando-a às mais variadas esferas da vida humana. Ele espera que a piedade seja a forma de vida dos cristãos. Assim, aplica-a à mulher, à vida familiar, à juventude, à atitude do cristão frente aos bens.

Se Deus permitir, iremos desarrolhando pormenorizadamente cada uma destas aplicações que lhe dá o apóstolo.

Em primeiro lugar, vejamos o relacionado com a mulher cristã. Diz o apóstolo: "Quero, pois, ...que as mulheres se embelezem de roupa decorosa, com pudor e modéstia; não com penteado ostentoso, nem ouro, nem pérolas, nem vestidos custosos, mas sim com boas obras, como corresponde a mulheres que professam piedade" (1ª Tim. 2:8-10). A piedade na mulher tem que ver com seu traje e com suas obras. É obvio, não só com seu traje, mas também com suas obras.

A mulher põe grande cuidado em sua apresentação pessoal, do cuidado de seu corpo e de seu vestido. Ela tem grande consciência de sua beleza, de sua graça natural, e, ela sabe que estas coisas podem realçar essa beleza. Então surge para ela um grande dilema.

Em relação à apresentação da mulher, Paulo apresenta duas opções: por um lado, a roupa decorosa, o pudor e a modéstia; por outro, a ostentação, os vestidos custosos, o ouro e as pérolas. Ele diz sim ao primeiro; não ao último. E o primeiro deve ir de mãos dadas com as boas obras "como corresponde a mulheres que professam piedade".

O que transparece numa mulher cristã nos que a vêem? É seu aspecto de uma mulher de mundo, muito na moda, com enfeites sofisticados? É seu aspecto aparente da beleza interior, do recato, da pureza, da santidade? Não pretendemos propor para a mulher um estilo de vestir ridículo e anacrônico. Não se trata tampouco de respirar o descuido na apresentação e no vestido. O que quer dizer vai mais além do que as meras questões externas. É um assunto do que transparece no que as vê, que impressão da pessoa fica no coração.

Se uma cristã faz transparecer uma conhecida mulher do mundo, ou uma determinada moda; mais até, se desperta algum desejo impuro, então está emprestando seu corpo, sua beleza, para o banal e desonroso. Se, em troca, tem esse 'ar' indescritível da verdadeira beleza, a beleza 'radiante', como alguém a descreve, então terá conseguido uma magnífica vitória – sobre seu ego, sua vaidade; e terá assinalado um exemplo que outras mulheres poderão seguir.

Este é o começo do "adorno interno, o do coração, no incorruptível ornato de um espírito afável e aprazível, que é de grande estima diante de Deus" (1ª Pd. 3:4). Esta é a verdadeira piedade –e a verdadeira beleza– na mulher.

 

Igreja em Temuco - Chile

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